No momento da escolha de um recurso de acabamento para valorizar o projeto, como os vernizes, leva-se em conta aspectos visuais e sensitivos. Porém, é extremamente importante que os aspectos técnicos sejam considerados para se obter um bom resultado final.
Um item fundamental para escolha do verniz é a gramatura do papel. Ou talvez o raciocínio seja inverso: escolha o papel de acordo com o verniz.
Para os vernizes com secagem por polimerização, o popular UV, tanto total como localizado (reserva), o papel deve ser revestido (couché) com gramatura mínima de 90 g/m², porém o ideal é a partir de 115g/m².
No caso de verniz textura, glitter e perolado a gramatura deve ser acima de 150 g/m². Lembre-se que estes vernizes, cuja camada é espessa, devem ser aplicados somente localizado, pois não suporta desgaste do vinco ou dobra.
Neste caso o papel também deve ser revestido. Papéis porosos são absorventes e diminuem significativamente o efeito produzido pelo verniz.
Deve haver atenção redobrada com o verniz fluorescente, pois este não deve ser aplicado sobre laminação já que não possui aderência sobre este tipo de material. A gramatura mínima é de 230 g/m², sendo ideal a utilização de cartão.
Outro ponto fundamental é que a tinta de impressão deve estar totalmente seca para total aderência do verniz. O couché fosco possui, na maioria dos casos, uma secagem mais lenta. É importante respeitar este tempo para não comprometer a qualidade no final do processo.
A utilização de pó secante deve ser evitada para não interferir na aderência do verniz. Se for utilizado é recomendada a retirada do excesso antes da aplicação.
Vale lembrar que uma boa conversa com a gráfica e o fornecedor de pós impressão elimina quase todos os problemas técnicos no processo de produção de um projeto gráfico e permite que todos troquem ideias, principalmente se o projeto for totalmente novo. Caso ocorra alguma dúvida sobre como se dará o comportamento de determinado verniz, o ideal é realizar um teste antes de continuar o processo de produção.